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Educação saudável

Em tempos de alimentação e corpo saudáveis, gostaria de convidá-los a refletir sobre o tema educação. Não é de hoje que percebo uma grande dificuldade e um largo hiato na educação, tanto de casa quanto da escola. Estamos diante de uma geração de crianças e adolescentes pobres em boas maneiras, com escassa curiosidade sobre a vida e o mundo, sobre os fenômenos naturais, plugados em games e chats, desconectados de suas responsabilidades, passando os dias sem a menor capacidade de construção.

Quando falamos de alimentação saudável, pensamos numa rotina alimentar composta por quatro a cinco refeições diárias que incluem café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e janta, com intervalos de 3 a 4 horas entre as mesmas. Preferência deve ser dada aos carboidratos complexos: pães, biscoitos, massa, arroz integrais; às proteínas de origem vegetal, que tem maior valor biológico, como soja e grãos, proteínas de origem animal recomenda-se peixes, ricos em Omega 3, carne vermelha ou branca magras, leite e derivados e queijo branco; com relação às gorduras, sempre pouca quantidade, utilizar azeites, castanhas, nozes. Procurar incluir 3 a 5 porções de frutas e/ou saladas e legumes diários, prezando pelo colorido do prato. Evitar açúcar e trigo brancos, frituras, salgadinhos, refrigerantes e excessos em doces e outros “porcaritos”. Beber cerca de 2 litros de água por dia.

Quando falamos de corpo saudável, pensamos na prática regular de atividade física, numa freqüência mínima de três vezes por semana, por cerca de 40 a 60 minutos. Essa atividade deve ser prazerosa, aeróbica, dentro do limite de cada praticante, melhor quando ao ar livre, e que envolva equilíbrio, coordenação e força. São diversas opções desde caminhada, corrida, dança, futebol, natação, lutas e por aí vai... Essa prática saudável além de favorecer o condicionamento cardiovascular, tonicidade muscular e bem estar físico, também tem função “neuroprotetora”.

De maneira geral, a sociedade ocidental não atribui grande valor ao exercício para o desenvolvimento infantil. Adultos costumam fazer as crianças, desde pequenas, ficarem sentadas e quietas em vez de correr por aí e explorarem suas capacidades motoras. A televisão, videogame e o computador também são vilões no sentido de tirar a vontade natural dos pequenos a se movimentarem.

Mas o que vem primeiro? A prática saudável ou a educação para tal?

Nascemos com um aparato biológico característico da espécie, um “equipamento” genético constitucional, sobre o qual o “investimento” ambiental inscreverá suas características. Um recém-nascido vem ao mundo com a mesma quantidade de neurônios de um adulto, no entanto, nos pequenos essas células não estão densamente interligadas, a rede neuronal precisa ser ativada. Assim, nos primeiros anos de vida, o plano é “moldar e semear”...

Uma boa criação/educação engloba um ambiente afetivo seguro, com bom nível de comunicação e orientação, onde há colocação de regras, limites e referências morais e éticas, distribuição de responsabilidades, estímulos para exploração do meio, descobertas e desafios para o crescimento e desenvolvimento, rotina baseada em horários adequados para alimentação, atividade física, aprendizado, lazer, repouso, interação familiar e social.

Um ambiente rico em bons hábitos, com pais presentes, participativos, afetivos e firmes no propósito da educação, certamente irá propiciar um desenvolvimento saudável nos filhos, lembrando sempre das três palavras que tornam possível uma mudança de comportamento: persistência, paciência e treino.

Desta forma, será possível garantir nos primeiros anos de vida, um grau de adaptação social que, posteriormente e em conjunto com a educação escolar, irá permitir ao indivíduo, através da sua evolução, uma sobrevivência mais saudável e funcional.

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